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Acredito que podemos fazer a diferença quando queremos o bem comum, colocando a coletividade em primeiro plano, portanto só posso me sentir bem quando todos à minha volta sentirem-se bem. Acredito que podemos mudar de politicagem para a verdadeira política, aquela voltada ao povo, aquela que administra dentro da verdade e da paz.
IEDA E GUERREIRO- 43
O PV está marcando um novo tempo na história de Irati, mostrando que é possível fazer política com caráter, dignidade, união e paz. Cada vez mais ganha adeptos, devido a sua transparência e a vontade de transformação da população iratiense. IEDA E GUERREIRO 43 - A GENTE CONSEGUE.
Acesse o BLOG: http://pvirati.blogspot.com.br
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Através do PV MULHER elaborar projetos que possam auxiliar a mulher iratiense.
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O mundo está se tornando cada vez mais interdependente e é por isso que acredito firmemente na necessidade de desenvolver-se a responsabilidade universal. Precisamos pensar em termos globais, pois as conseqüências de medidas adotadas por um determinado país, hoje, ultrapassam fronteiras. A aceitação de padrões universais, como os descritos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e na Convenção Internacional sobre os Direitos Humanos, é primordial no mundo atual, cada vez menor. O respeito pelo direitos fundamentais do ser humano não é apenas um objetivo a ser atingido. É antes o alicerce indispensável a qualquer sociedade.
As barreiras artificiais que separavam nações e povos ruíram em tempos recentes. O sucesso dos movimentos populares no desmantelamento da separação entre os países do Leste e do Ocidente, que polarizou o mundo durante décadas, constituiu-se motivo de grande confiança e expectativa. Contudo, permanece ainda um enorme abismo no coração da nossa família humana. Refiro-me à divisão dos países do Norte e do Sul. Todos aqueles comprometidos com os princípios básicos de igualdade, que são o cerne dos direitos humanos, não podem ignorar as grandes disparidades econômicas existentes no mundo de hoje. Não se trata apenas de afirmar que todos os seres humanos têm direito a usufruir da mesma dignidade. Há de se traduzir as palavras em ações. Temos a responsabilidade de buscar alternativas para alcançar uma distribuição mais igualitária dos recursos mundiais.
Temos testemunhado um movimento popular fantástico em prol dos direitos humanos e das liberdades democráticas no mundo. Este movimento deve tornar-se cada vez mais forte, para que não haja governo ou exército capaz de suprimi-lo. É muito natural e justo que nações, povos e indivíduos exijam respeito aos seus direitos e liberdades, e que lutem para erradicar a repressão, o racismo, a exploração econômica, a ocupação militar e as várias formas de colonialismo e dominação estrangeira. Os governos em geral deveriam dar apoio prático a essas reivindicações, ao invés de apenas as apoiarem verbalmente.
Acredito que a falta de compreensão quanto à verdadeira natureza da felicidade é a principal razão das pessoas infligirem sofrimento a outras. Alguns indivíduos acham que só podem alcançar a felicidade causando sofrimento ou que sua própria felicidade é tão importante, que a dor causada aos outros é insignificante. Esta é uma visão extremamente estreita da vida, já que ninguém pode efetivamente beneficiar-se com o sofrimento alheio. Ainda que haja um ganho imediato às custas dessa dor, ele é passageiro. A longo prazo, causar sofrimento ao próximo e usurpar seu direito à paz e felicidade geram ansiedade, medo e desconfiança. O cultivo do amor e da compaixão ao próximo é essencial para criarmos um mundo melhor e mais pacífico. Para tal, é necessário desenvolvermos uma preocupação genuína por nossos irmãos e irmãs menos afortunados. Temos a obrigação moral de auxiliar e dar apoio incontestável a todas as pessoas privadas de exercer seus direitos e liberdades, que muitos de nós têm garantidos.
Ao nos aproximarmos do fim do presente milênio, percebemos que o mundo está se tornando uma grande comunidade. Juntos, confrontamo-nos com graves problemas, tais como superpopulação, escassez dos recursos naturais e uma crise ambiental sem precedentes, que ameaçam os alicerces de nossa própria existência neste planeta. Os direitos humanos, a proteção ao meio ambiente e maior igualdade social e econômica são fatores interligados. Acredito que para enfrentarem os desafios de nosso tempo, os seres humanos deverão desenvolver um sentido maior de responsabilidade universal. Cada um de nós deve aprender a trabalhar não somente em benefício de si próprio, sua família ou nação, mas em prol da humanidade como um todo. A responsabilidade universal é a chave para a sobrevivência do Homem e é a melhor garantia para a manutenção dos direitos humanos e da paz mundial.
(Discurso de Sua Santidade o Dalai Lama na Reunião de Paris da UNESCO, durante a comemoração do 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem.)
As barreiras artificiais que separavam nações e povos ruíram em tempos recentes. O sucesso dos movimentos populares no desmantelamento da separação entre os países do Leste e do Ocidente, que polarizou o mundo durante décadas, constituiu-se motivo de grande confiança e expectativa. Contudo, permanece ainda um enorme abismo no coração da nossa família humana. Refiro-me à divisão dos países do Norte e do Sul. Todos aqueles comprometidos com os princípios básicos de igualdade, que são o cerne dos direitos humanos, não podem ignorar as grandes disparidades econômicas existentes no mundo de hoje. Não se trata apenas de afirmar que todos os seres humanos têm direito a usufruir da mesma dignidade. Há de se traduzir as palavras em ações. Temos a responsabilidade de buscar alternativas para alcançar uma distribuição mais igualitária dos recursos mundiais.
Temos testemunhado um movimento popular fantástico em prol dos direitos humanos e das liberdades democráticas no mundo. Este movimento deve tornar-se cada vez mais forte, para que não haja governo ou exército capaz de suprimi-lo. É muito natural e justo que nações, povos e indivíduos exijam respeito aos seus direitos e liberdades, e que lutem para erradicar a repressão, o racismo, a exploração econômica, a ocupação militar e as várias formas de colonialismo e dominação estrangeira. Os governos em geral deveriam dar apoio prático a essas reivindicações, ao invés de apenas as apoiarem verbalmente.
Acredito que a falta de compreensão quanto à verdadeira natureza da felicidade é a principal razão das pessoas infligirem sofrimento a outras. Alguns indivíduos acham que só podem alcançar a felicidade causando sofrimento ou que sua própria felicidade é tão importante, que a dor causada aos outros é insignificante. Esta é uma visão extremamente estreita da vida, já que ninguém pode efetivamente beneficiar-se com o sofrimento alheio. Ainda que haja um ganho imediato às custas dessa dor, ele é passageiro. A longo prazo, causar sofrimento ao próximo e usurpar seu direito à paz e felicidade geram ansiedade, medo e desconfiança. O cultivo do amor e da compaixão ao próximo é essencial para criarmos um mundo melhor e mais pacífico. Para tal, é necessário desenvolvermos uma preocupação genuína por nossos irmãos e irmãs menos afortunados. Temos a obrigação moral de auxiliar e dar apoio incontestável a todas as pessoas privadas de exercer seus direitos e liberdades, que muitos de nós têm garantidos.
Ao nos aproximarmos do fim do presente milênio, percebemos que o mundo está se tornando uma grande comunidade. Juntos, confrontamo-nos com graves problemas, tais como superpopulação, escassez dos recursos naturais e uma crise ambiental sem precedentes, que ameaçam os alicerces de nossa própria existência neste planeta. Os direitos humanos, a proteção ao meio ambiente e maior igualdade social e econômica são fatores interligados. Acredito que para enfrentarem os desafios de nosso tempo, os seres humanos deverão desenvolver um sentido maior de responsabilidade universal. Cada um de nós deve aprender a trabalhar não somente em benefício de si próprio, sua família ou nação, mas em prol da humanidade como um todo. A responsabilidade universal é a chave para a sobrevivência do Homem e é a melhor garantia para a manutenção dos direitos humanos e da paz mundial.
(Discurso de Sua Santidade o Dalai Lama na Reunião de Paris da UNESCO, durante a comemoração do 50º Aniversário da Declaração Universal dos Direitos do Homem.)
Pierre Weil (Estrasburgo, 16 de abril de 1924 — Brasília, 10 de outubro de 2008) é um conhecido educador e psicólogo francês residente no Brasil. É autor de cerca de 40 livros.
Sensibiliza-se a respeito do preço da paz e do peso das fronteiras desde a infância: devido à sua condição de alsaciano, viveu em meio aos conflitos políticos entre França e Alemanha, simultaneamente confrontando-se com conflitos religiosos em sua própria família.
Na Segunda Guerra Mundial foi partizan, trabalhando na Cruz Vermelha como membro da resistência aos nazistas na França.
Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris. Foi aluno de grandes psicólogos e de grandes educadores, tais como Henri Wallon, André Rey e Jean Piaget. Sua formação como psicoterapeuta se deu com Igor Caruso, Jacob Moreno, Zerka Moreno e Anne Ancelin Schützenberger.
Foi um dos responsáveis pela regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil. Assumiu na Universidade Federal de Belo Horizonte a cátedra em Psicologia Social, posteriormente ocupando a primeira cátedra em Psicologia Transpessoal, disciplina na qual é um dos pioneiros.
Em 1980 foi lançado pela Editora Vozes o livro escrito por Pierre Weil e Roland Tompakow chamado O Corpo Fala.
Unipaz - Universidade Holística Internacional
Desde 1987 é reitor da Unipaz - Universidade Holística Internacional, sediada em Brasília. A UNIPAZ, criada por ele a pedido do então Governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira, é a união da Universidade Holística Internacional com a Fundação Cidade da Paz. Seu propósito é difundir a cultura da Paz.
Pierre Weil estudou diversas doutrinas esotéricas, dentre outras a cultura indiana, chinesa, tibetana, o Antigo Egito e diversas outras tradições esotéricas, sendo um defensor da paz e da harmonia entre os homens e com o meio-ambiente.
Pelos seus escritos e ações em defesa da Paz e do Meio Ambiente é considerado como "um Sábio respeitado e bondoso, cujos textos são sagrados" pelos membros da F:.M:.K:.R:., apesar de tal fato não ter sido comunicado ao Professor Pierre Weil.
Sensibiliza-se a respeito do preço da paz e do peso das fronteiras desde a infância: devido à sua condição de alsaciano, viveu em meio aos conflitos políticos entre França e Alemanha, simultaneamente confrontando-se com conflitos religiosos em sua própria família.
Na Segunda Guerra Mundial foi partizan, trabalhando na Cruz Vermelha como membro da resistência aos nazistas na França.
Doutor em Psicologia pela Universidade de Paris. Foi aluno de grandes psicólogos e de grandes educadores, tais como Henri Wallon, André Rey e Jean Piaget. Sua formação como psicoterapeuta se deu com Igor Caruso, Jacob Moreno, Zerka Moreno e Anne Ancelin Schützenberger.
Foi um dos responsáveis pela regulamentação da profissão de psicólogo no Brasil. Assumiu na Universidade Federal de Belo Horizonte a cátedra em Psicologia Social, posteriormente ocupando a primeira cátedra em Psicologia Transpessoal, disciplina na qual é um dos pioneiros.
Em 1980 foi lançado pela Editora Vozes o livro escrito por Pierre Weil e Roland Tompakow chamado O Corpo Fala.
Unipaz - Universidade Holística Internacional
Desde 1987 é reitor da Unipaz - Universidade Holística Internacional, sediada em Brasília. A UNIPAZ, criada por ele a pedido do então Governador do Distrito Federal, José Aparecido de Oliveira, é a união da Universidade Holística Internacional com a Fundação Cidade da Paz. Seu propósito é difundir a cultura da Paz.
Pierre Weil estudou diversas doutrinas esotéricas, dentre outras a cultura indiana, chinesa, tibetana, o Antigo Egito e diversas outras tradições esotéricas, sendo um defensor da paz e da harmonia entre os homens e com o meio-ambiente.
Pelos seus escritos e ações em defesa da Paz e do Meio Ambiente é considerado como "um Sábio respeitado e bondoso, cujos textos são sagrados" pelos membros da F:.M:.K:.R:., apesar de tal fato não ter sido comunicado ao Professor Pierre Weil.
fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Pierre_Weil
Todos nós sonhamos com uma existência plena de felicidade, paz e harmonia. Embora esta paz se encontre ao nosso alcance todo tempo, poucos são os que sabem realmente viver em paz, pois ignoram onde ela se encontra.
Muitos são os que a procuram no companheiro, no marido ou na esposa, nas honrarias de um título de doutor ou de alto executivo, num partido político, numa ideologia, no Japão ou no Himalaia.
Eles acabam não encontrando o que procuravam e continuam infelizes, brigando com todo mundo, procurando refúgio num excesso de atividade e trabalho febril, acabando estressados e doentes.
Hoje, graças ao encontro da medicina psicossomática moderna e das novas terapias, com a sabedoria vinda do oriente e das grandes tradições espirituais, se sabe quais as grandes áreas em que se pode atuar para encontrar esta paz que perdemos, pois poucos são os pais e educadores contemporâneos que ainda possuem estes conhecimentos e estão realmente em condições de transmiti-los aos seus filhos ou educandos.
Onde podemos pois encontrar paz e serenidade?
O que vem a seguir constitui para você, leitor, uma verdadeira dádiva, um precioso tesouro ao alcance de quem se dispõe a assumir entrar a fundo, seguindo as indicações e conclusões destas descobertas que estão ao alcance de qualquer um. Trata-se do que começa a ser conhecido como as TRÊS ECOLOGIAS ou ainda as TRÊS CONSCIÊNCIAS.
AS TRÊS ECOLOGIAS E AS TRÊS CONSCIÊNCIAS
Existem três direções nas quais podemos enxergar a Paz. Cada uma delas necessita de um forma de consciência e de um tipo de ecologia.
A primeira é consigo mesmo, ou melhor ainda, dentro de cada um. Há momentos em que estamos em paz e há outros em que estamos tensos e agitados, nem sempre sabendo porque.
Há por conseguinte, necessidade da consciência individual para definir e localizar a paz dentro de nós mesmos para em seguida dizer como alcançá-la. É o que se chama de ecologia interior ou ecologia do ser, que se apoia na consciência individual. A ecologia individual é o estado de harmonia do ser pessoal.
A segunda direção é a Paz com os outros. Esta paz também é instável nas nossas relações com marido, mulher, amigos, colegas, pais e filhos etc.
Como se carateriza esta paz e como torná-la estável? Eis uma questão de ecologia social, isto é, de harmonia com a sociedade e dentro dela. A ecologia social pressupõe, exige e depende da consciência social de cada cidadão e de uma consciência social coletiva maior do que a soma das consciências individuais.
Enfim, há uma questão bastante séria e vital para nós, é a Paz com o meio ambiente em que vivemos, com a natureza em torno de nós. Poucas pessoas até hoje tem uma idéia clara de que jogar o nosso lixo num riacho ou usar um spray consiste numa violência com a natureza e que é uma forma de contribuir para o nosso próprio suicídio, como membros da humanidade.
A Paz na ecologia ambiental e como contribuir para ela é a terceira questão essencial para vivermos com qualidade.
A ecologia ambiental é um estado de equilíbrio dos ecossistemas. Este equilíbrio, tudo o indica, é uma expressão da Consciência do Universo. Com a intervenção destrutiva, pelo ser humano, do equilíbrio ecológico, foi e continua sendo indispensável o despertar da consciência ecológica individual em cada cidadão do planeta.
RODA DA ARTE DE VIVER EM PAZ
A Roda da Arte de Viver em Paz nos mostra o quanto são interdependentes os diferentes tipos de consciência, de ecologia e de Vivência da Paz. No centro dela encontra-se a consciência do próprio universo, ou Universo Auto Consciente. Vamos então iniciar com a arte de viver em paz consigo mesmo.
A ARTE DE VIVER EM PAZ CONSIGO MESMO. UMA QUESTÃO DE ECOLOGIA INTERNA
Como já o expressamos, a maior parte das pessoas procura a Paz fora de si. Quando foi fundada a UNESCO, como organismo das Nações Unidas responsável pela educação, ciência e cultura no mundo, no seu preâmbulo se declarou que a violência e as guerras nascem no espírito dos seres humanos, e que as defesas da Paz precisam ser erguidas no seu espírito.
Na realidade não há nada a "erguer", pois a paz sempre está ali; mas deixamos de enxergá-la, pois ninguém nos mostrou onde ela está. Para descobrí-la, precisamos saber que isto exige uma tomada de consciência de onde e como encontrá- la.
Há três grandes espaços do nosso ser mais íntimo, onde podemos encontrar a paz: O nosso corpo físico, o nosso espaço emocional e a nossa mente. Vamos, para cada um destes níveis, mostrar como, de maneira bem concreta, podemos experienciar e vivenciar a paz.
A PAZ DO CORPO
Esta pode ser experienciada, isto é, vivenciada através do relaxamento. Vivemos constantemente numa agitação às vezes frenética. As nossas emoções destrutivas como a raiva ou o ciúme, criam tensões no nosso corpo, a resposta a estas tensões é o relaxamento.
Relaxamento se aprende; mas você pode fazer a experiência agora, durante esta leitura. Basta para isto fechar os olhos, ficar bem à vontade, dar umas três inspirações profundas, soltar os músculos, imaginar que você está num lugar ideal de descanso como uma praia ou uma rede na montanha.
Fique uns dez minutos neste estado relaxado. Tome consciência do seu estado físico-geral. "Bem estar, descontraído, em paz, à vontade, solto, repousado", são entre outras as declarações dos que estão saindo de um relaxamento.
Para você realmente entender do que se trata, é indicado fazer esta experiência agora.
Caso você tenha gostado, convêm você fazer um curso de relaxamento ou mesmo de yoga. A sua vida vai mudar se você resolver praticar relaxamento todos os dias, de manhã à noite.
Esta melhora será muito maior ainda se você for tratar da fonte das tensões musculares, as emoções destrutivas. É disto que vamos tratar agora.
A PAZ DO CORAÇÃO
Porque e como lidar com as emoções destrutivas?
Se você quiser despertar a paz do seu coração, aprenda a lidar com as suas emoções destrutivas.
O estudo das causas do estresse indica as emoções destrutivas como sendo as grandes causadoras do estresse.
Que emoções são estas? Podemos definí-las como as que causam conflitos com os outros e para si mesmo, são as expressões internas e externas das nossa neuroses. Uma boa definição do neurótico é a que o descreve como uma pessoa que sofre e faz os outros sofrerem; e o que faz sofrer os outros, senão o ciúme, o apego exagerado as coisas, pessoas ou mesmo ideias, a rejeição e a raiva, o orgulho e a indiferença?.
Nas próximas semanas observe bem você mesmo e os outros ao redor de si. E veja se o que está sendo questionado aqui não corresponde a uma grande verdade.
Como então lidar com estas emoções já que elas são tão destrutivas?
Grande parte da humanidade costuma se deixar levar por elas, perdendo o auto controle. Tomemos como exemplo a raiva; elas gritam, ofendem, magoam, muitas vezes a quem amam e depois se sentem culpadas e sofrem. Podemos afirmar que isto não é uma boa solução.
Outras pessoas, assumem um comportamento oposto: achando que a raiva é uma emoção feia e repreensível, rechaçam e recalcam o seu sentimento de rejeição. Continuam cheias de mágoas e de ressentimentos não expressos. Repetindo esta maneira de ser durante meses ou mesmo anos, acabam estressadas, somatisando a sua raiva contida sob forma de úlcera duodenal ou de enfarto do miocárdio. Então esta também não uma solução.
O que fazer então, agredir ao outro ou agredir a si mesmo resultando em sofrimento?
Existe uma terceira alternativa, uma espécie de caminho do meio. Em vez de soltar a raiva ou de dominá-la, existe uma solução bastante esperta: simplesmente tomar consciência dela e deixá-la passar, como uma nuvem de tempestade passa, deixa o sol brilhar novamente e o céu ficar azul.
É claro que você precisará de certo tempo, algumas semanas ou meses para conseguir um bom resultado. Quanto mais cedo você começar, mais cedo se tornará um ser livre das suas emoções pesadas. A verdadeira liberdade é esta.
No início a gente se esquece; mas aos poucos acaba constatando que chegou ao ponto de ver a emoção chegar. Você poderá dizer com um certo senso de humor: "Lá vem ela de novo!" Este será um excelente sinal de sucesso. Você não pode se livrar de todo da raiva, mas pode fazer com que ela se transforme em sentimentos de amizade ou mesmo de amor. E, aos poucos isto se transformará numa segunda natureza. Você começará a irradiar paz e serenidade em torno de você, sobretudo se paralelamente praticar diariamente o relaxamento do corpo.
Você obterá ainda mais alegria e harmonia na sua existência, se além de lidar com estas emoções cultivar altos sentimentos humanos, tais como a alegria, o amor, a compaixão e a equidade. A alegria de compartilhar felicidade com as pessoas. O amor no sentido de querer a felicidade das pessoas ao seu redor; a compaixão significando o sentimento e o ato de ajudar o outro a aliviar o seu sofrimento. E a equidade no tratamento igual de todos os seres deste universo, sem nenhuma preferência por um ou outro. Assim você terá adquirido a paz do coração, além da paz do corpo.
A PAZ DE ESPÍRITO
Mas mesmo tendo adquirido a paz do corpo e a paz no nível das emoções, isto é, a paz de coração, a sua mente continua agitada, gerando uma hiperatividade no mundo externo e uma invasão, para não dizer uma inflação, de pensamentos: idéias, imagens, formas, símbolos, memórias desfilam, numa dança incessante. No fim do dia você só tem uma vontade, de ir para cama e dormir.
Esta é a atividade típica da sua mente com as suas infinitas produções e funções bastante úteis para o nosso cotidiano. A mente nos permite raciocinar, lembrar, apreciar, comparar, julgar, decidir, avaliar, nos defender. A mente existe para, entre outras funções, defender a nossa existência. Só que de vez em quando ela nos atrapalha bastante por funcionar demasiadamente, sobretudo se fomos educados para ser um intelectual e hipertrofiamos esta função.
Embora uma atividade normal do espírito, em certas ocasiões ela gera emoções destrutivas.
Basta, por exemplo, se lembrar de um inimigo seu, e você fica com raiva.
E, com tudo isto, perdemos a paz de espírito. A mente, gerada pelo espírito, acaba obstruindo a nossa via de acesso a paz natural, caraterística do próprio espírito. E assim, perdemos o controle de nós mesmos.
Mais ainda, existe um aspecto muito sutil do pensamento, pois sua natureza é de tudo dividir. O conceito de "EU" divide a nossa percepção em duas partes: eu e o mundo, o espaço interior e o espaço exterior, eu e os objetos e assim por diante.
Na realidade esta divisão é ilusória, pois a ciência nos ensina que tanto o ser humano como todos os objetos e mundo ao seu redor são constituídos de energia, sendo da mesma energia. Assim senso nada é separado neste nível de compreensão da verdadeira natureza das coisas.
Esta ilusão ou fantasia é que constitui a causa primordial de todos os nosso problemas.
Pois por causa desta miragem da separação, nos apegamos a tudo que nos dá prazer, evitamos ou rejeitamos tudo que nos causa dor, e ficamos indiferentes ao que nos causa nem prazer nem dor. Isto se refere a coisas, pessoas ou mesmo idéias.
Esta é a raiz da raiva, da possessividade e da indiferença. Por exemplo, porque estamos percebendo o mundo como exterior a nós, exploramos a natureza do nosso Planeta até não sobrar mais nada.
A possessividade dos madereiros e o seu apego ao lucro sem fim, causam a devastação das florestas tropicais.
Mas pode-se observar o mesmo apego e suas conseqüências nefastas bem juntinho de nós mesmos, dentro de cada um. O exemplo mais clássico é o que acontece no início de um namoro. Ele e ela se encontram pela primeira vez; trocam carinho, acham gostoso e na hora de se despedir um pede ao outro o seu número de telefone ou ainda marcam encontro para o dia seguinte; neste momento é o sinal de que já se apegaram um ao outro, querem a continuidade do prazer.
O apego irá então se manifestar sob várias formas; eles vão ficar ansiosos e com medo de não se encontrar ou com ciúmes por ignorar si existe outro ou outra. Se um chegar muito atrasado no encontro o outro ficará com raiva ou, no mínimo, ressentido.
Se soubessem que não estão separados, mas originados e constituídos da mesma essência, o próprio apego cairia por si só, pois é a energia se apegando a ela mesma. Na espera do novo encontro cada um cuidaria das suas coisas e dos seus afazeres, sem expectativa nem medo, com abertura total a tudo que vier acontecer. Se cada um vier, será uma nova alegria; se um falhar, não vai haver decepção pois não se esperou nada.
Como então dissolver esta ilusão de separatividade, já que ela é a fonte última de todo sofrimento ?
As tradições multimilenares, tanto do oriente como do ocidente, nos dão uma resposta bastante clara a respeito. Elas aconselham o recolhimento no silêncio. Isto pode ser entendido como o silêncio de um mosteiro. Realmente, para alguns mais engajados isto é uma solução que leva mais rápido ao silêncio interior, desde que acompanhado de meditação precedida ou ajudada pela oração conforme a orientação dada pela tradição espiritual de cada mosteiro.
Mas não há necessidade de se refugiar num mosteiro ou numa gruta do Himalaia, para sair da ilusão da dualidade. Isto pode ser feito através da meditação diária, uma ou duas vez por dia, de manhã e ou à noite.
Meditar consiste em ficar quieto, se recolher, se adentrar e deixar passar os pensamentos e as emoções que aparecem na mente. Neste ato de tranqüilizar a mente, aparece a verdadeira natureza do Espirito em que inexiste separação, pois se vivencia a indivisibilidade do espírito pessoal e do espírito do universo. A nossa consciência é percbida pela mente individual, o universo é autoconsciente; é a Auto Consciência do Universo, ela é representada no meio do círculo da Arte de Viver em Paz, mais abaixo deste texto.
Inexiste separação entre as duas consciências; elas são uma só, absolutamente indivisíveis.
Existem muitos cursos de meditação à sua disposição. Faça uma escolha prudente e lúcida, informe-se antes de tomar uma decisão junto de amigos ou conhecidos competentes, sobre a idoneidade e competência do professor ou instituição.
Mas se você tiver a felicidade de encontrar um verdadeiro mestre realizado e plenamente desperto, será a melhor solução. Enquanto isto não acontecer, siga uma formação de Yoga, de Tai Chi ou ainda de Meditação, além de tudo que já foi recomendado acima.
A verdadeira paz de espírito se encontra no espaço entre dois pensamentos, lá de onde saem e para onde voltam os pensamentos. É este espaço que a prática da Meditação lhe ajudará a descobrir de modo vivenciado.
A ARTE DE VIVER EM PAZ COM OS OUTROS, UMA QUESTÃO DE ECOLOGIA SOCIAL
Se despertarmos a paz dentro de nós, conforme as recomendações da primeira parte desta explanação, seremos aptos a viver em paz com os outros, isto é, com os familiares, os amigos, e assim por diante.
Mas a ecologia social exige de nós uma consciência e uma vigilância constante se queremos ser verdadeiros cidadãos do mundo em que vivemos. Assim sendo, precisamos levar em consideração a cultura que nos influencia o tempo todo, a vida social e política, além disto os aspetos econômicos, como por exemplo a nossa relação com o dinheiro.
A PAZ NA CULTURA
Precisamos em primeiro lugar definir o que entendemos por cultura de uma determinada sociedade.
A cultura é um conjunto de normas, de leis jurídicas, de costumes, de produções literárias e artísticas, de hábitos que caraterizam a sociedade, a diferenciam ou se assemelham a uma outra sociedade e ditam a maneira de ser de cada um dos seus cidadãos. Por exemplo, enquanto o inglês, para cumprimentar um amigo acena com a cabeça, o indiano se curva e junta as mãos, o francês dá as mãos e o brasileiro dá um abraço com o seu corpo inteiro.
A cultura por conseguinte dita o que é que deve ser considerado como normal. Ora, nem tudo que é visto como sendo normal é sadio e construtivo. Por exemplo; fumar era ainda há pouco tempo considerado como normal, inclusive o fato de aspirar a fumaça dos outros.
Hoje o ato de fumar é considerado como anormal e nocivo. Assim como o mostra este exemplo, há muitos hábitos ou mesmo leis que ditam normas, mas são na realidade nocivos à saúde, a harmonia e a paz.
Por isto que cuidar da paz na cultura, exige do cidadão uma vigilância constante e permanente, em duas direções simultâneas.
De um lado ele precisa constantemente estar consciente dos aspectos em que ele mesmo se deixa levar pela cultura em que vive, decidindo se isto lhe convêm do ponto de vista ético. De outro lado, naquilo que não convém seguir do ponto de vista da ética, ele poderá, se assim o quiser ou puder, atuar para modificar os aspectos nocivos da cultura.
Por exemplo, é normal comer açúcar refinado, pois todo mundo o faz. Mas se você descobrir que isto afeta os seus dentes e seus ossos e que o açúcar mascavo é mais saudável e nutritivo, será um ato consciente e bastante razoável se limitar a consumir açúcar mascavo.
Outro exemplo...atualmente é normal assistir os programas violentos na TV, mas se você descobrir que isto lhe torna pessoalmente tenso e lhe tira a paz interior, você pode decidir parar de assistir os filmes de terror.
Se além disto você tomar conhecimento das pesquisas da UNESCO sobre a influência destrutiva dos programas violentos na TV sobre as crianças, você pode decidir aderir a um movimento para reduzir estes programas ou mesmo procurar o deputado da sua região pedindo para apresentar um projeto de lei neste sentido.
Tudo isto poderá ser feito de modo calmo e harmonioso, isto é, sem perder a paz pessoal.
A PAZ NA VIDA SOCIAL E POLÍTICA
Desde muito cedo na nossa infância, estamos estimulados a disputar vagas, prêmios, medalhas, lugares com os irmãos, colegas de escola e de trabalho. Vivemos num mundo de competição que leva aos conflitos, violências e guerras.
Se você quer contribuir para um mundo de paz, comece por examinar o quanto você mesmo se deixa levar por esta competição desenfreada, muitas vezes sem necessidade. Diminuindo a sua luta permanente pelo poder na família, no trabalho e até nos jogos esportivos, você viverá mais em paz com os outros e poderá fazer a sua contribuição para a paz social.
Se for pai, mãe ou educador, introduz jogos cooperativos no seu arsenal de brinquedos e tira os brinquedos de violência e guerra que levam a criança a considerar o ato de matar e a guerra como algo norma.
E se você se considerar como sendo um cidadão livre e consciente, tomará bastante cuidado para evitar se deixar embarcar em movimentos ideológicos que criam hostilidade e conflitos violentos com tudo que não adere e não comunga com eles. Pois uma das causas de brigas entre pessoas ou grupos, e de guerras civis ou internacionais costuma ser a intolerância ideológica, seja ela de ordem política, religiosa ou filosófica.
Se você quiser ficar em paz com os outros, seja tolerante com quem tiver opiniões políticas e religiosas ou outras idéias diferentes das suas.
A PAZ ECONÔMICA
Uma das maiores fontes de conflito e violência é a disputa da posse de bens materiais, mais particularmente pelo dinheiro.
Também podemos considerar como motivo de perda da paz interior, toda preocupação exagerada pelo dinheiro, resultado de uma das emoções destrutivas já citadas, o apego e a possessividade.
Quem passa fome por não ter emprego ou por ter perdido o seu, tem um motivo bastante justificado de se preocupar em ganhar dinheiro. Para os excluídos, a necessidade de ganhar dinheiro é uma necessidade vital e fora de qualquer espécie de contestação.
O que estamos procurando apontar aqui, são os cidadãos que procuram desesperadamente, sem nenhuma razão objetiva, tornarem-se ricos e poderosos; apontamos também os que já se encontram nesta situação e querem cada vez mais, numa busca infinita.
O que eles têm em comum é a perda da paz por causa de uma vida agitada, de um trabalho, que só pode os levar para o estresse e a doença. Eles fazem parte de um sistema econômico que os leva a consumir cada vez mais.
Se você sentir que está preso nesta engrenagem, qualquer que seja o seu nível econômico, dê uma paradinha para examinar a situação.Procure então ficar plenamente consciente de quais são as suas verdadeiras necessidades e qual o conforto essencial para você.
Durante este exame você talvez vai descobrir que suas metas são exageradas e que na realidade você não precisa de tantos bens para viver feliz e em paz.
Você talvez chegue a conclusão que está se acabando nesta busca insana ou que poderia gastar o seu tempo com os que você ama ou ainda consagrando este para fazer o que você sempre sonhou, como por exemplo viajar ou mais simplesmente ainda, contemplar o pôr de sol...
O cidadão dentro de você talvez descubra também que milhões de pessoas do terceiro mundo resolverem, depois de um exame de consciência, entrar num movimento de simplicidade voluntária. Ao reduzir o seu consumo ao mínimo necessário, eles estão contribuindo para diminuir o consumo e através desta diminuição reduzir os estragos causados pela destruição sistemática da vida no Planeta.
Isto será uma grande contribuição para Ecologia da Natureza, da qual iremos tratar a seguir.
A ARTE DE VIVER EM PAZ COM A NATUREZA. UMA QUESTÃO DE ECOLOGIA AMBIENTAL
Viver em paz com a natureza, é fundamental para a nossa própria sobrevivência, pois o ser humano está cometendo um suicídio coletivo, levando consigo a vida do planeta Terra.
Pensava-se antigamente que os recursos da Terra eram inesgotáveis. Hoje se sabe que eles tem fim e estão se esgotando rapidamente.
Já falamos das medidas econômicas que cada um de nós pode tomar para dar a sua contribuição pessoal. Esta contribuição pode ser estendida a ações práticas que dependem de sentimentos de solidariedade próprios à cidadania planetária. É isto que vamos abordar a seguir.
Com esta finalidade vamos considerar a natureza sob três aspectos principais que encontramos em todos os sistemas do Universo: A matéria, a vida e a informação ou programática.
A PAZ COM A MATÉRIA
Viver em paz com a matéria consiste essencialmente em viver em harmonia com os seus elementos, a terra, a água, o fogo, o ar e o espaço.
Esta harmonia é muito mais essencial do que estamos pensando, pois nós também somos feitos destes elementos, se poluímos a terra com agrotóxicos, em pouco tempo os nossos ossos serão poluídos pois os nossos ossos são feitos de terra que o nosso corpo absorve através do cálcio dos alimentos. Do mesmo modo, se poluírmos o ar que respiramos vamos afetar a nossa saúde. O mesmo é verdade para a água. O uso indevido do fogo como a queima das nossas florestas, aumenta o gás carbônico do ar provocando o efeito estufa que aumenta o calor (do fogo) e derrete a calota polar fazendo subir o nível dos mares. Até o espaço está sendo poluído com irradiações atômicas e outras.
Por todas estas razões, viver em paz com a matéria consiste em cada um de nós evitar poluir os seus elementos.
Se além destas razões intelectuais, você amar profundamente a Terra como a Mãe que nos nutre e nos hospeda, então você terá conseguido a atitude mais adequada para ser um protetor da natureza.
A PAZ COM A VIDA
O mesmo podemos dizer da vida. Você, amando a vida sob todas as suas formas, terá consequentemente o respeito por ela.
Respeitar a vida consiste em evitar arrancar flores ou pisar em insetos, evitando matar animais inutilmente. Existem pessoas que deixaram de comer carne para não fazer sofrer os animais, elas se tornaram vegetarianas. As nações Unidas recomendam o regime vegetariano por uma outra razão ainda, a proteção das matas virgens devastadas para por pastos para gado candidato a hamburgers, e das culturas de grãos. Segundo os cálculos feitos, diminuindo o consumo da carne, só nos EUA em dez por cento, daria para alimentar em grãos, toda a população faminta do mundo.
As razões aventadas para harmonizar com a matéria, valem também para a vida, pois temos vida dentro de nós e se trata da mesma vida que existe fora.
O mesmo se dá com a informação e a programação do Universo. É o que vamos examinar a seguir.
A PAZ COM A PROGRAMAÇÃO DA NATUREZA
A tese segundo a qual o Universo é auto-consciente, o planeta Gaia é um ser vivo e que os programas e a informação genética assim como a nossa própria inteligência são a expressão desta consciência e espírito do Universo, está caminhando nos meios de ciências de ponta, a passos largos.
Aceitando esta tese, podemos aplicar o mesmo princípio que usamos para a matéria e a vida.
Do mesmo modo que há a mesma matéria e a mesma vida dentro e fora de nós, da mesma maneira existe inteligência e plano dentro e fora de nós, pois se trata da mesma inteligência.
Por isto podemos nos perguntar se não será perigoso intervir na programação atômica da matéria e genética da vida, pois esta intervenção está desorganizando a programação e interferindo na inteligência do próprio Universo, com conseqüências imprevisíveis para a própria humanidade. O que está acontecendo com a intervenção na programação atômica já fala por si só. O que dizer então da clonagem e do programa renome no nível genético?
Será que os indiscutíveis benefícios compensam os riscos destrutivos ainda pouco conhecidos? Temos direito de esperar o futuro para poder julgar, sabendo que estamos pondo em risco a vida dos nossos filhos e netos? O que iremos responder a eles, se nos perguntarem por que não fizemos nada, apesar de termos sérias dúvidas quanto aos riscos?
Deixamos estas perguntas para cada um de vocês, para que possam se situar em relação ao assunto e apoiar os líderes políticos que levantam estas questões e propõem soluções legais fundamentadas em estudos e pesquisas sérias ou opiniões abalizadas de autoridades competentes.
CONCLUSÃO: SEJA UM BEIJA FLOR DA PAZ
Diante da magnitude e complexidade dos problemas da nossa época e civilização, muitas são as pessoas desanimadas, achando que não tem nem competência, nem poder para resolvê-los, elas acham que isto é atribuição dos governos ou dos organismos das Nações Unidas, mas isto é apenas um aspeto da questão.
O outro está ilustrado por uma bonita historia indiana.
É a história de um beija-flor que estava no meio de um incêndio da floresta em que vivia.
Todos os animais estavam fugindo apavorados, menos ele; o passarinho tirava gotinhas de água de um lago e as jogava no fogo; repetia este comportamento sem cessar; até que uma coruja intrigada perguntou: "Beija-flor, você enlouqueceu? Você está pensando que vai apagar o incêndio, jogando gotinhas de água no fogo?" Respondeu o beija-flor com a maior calma do mundo: "Eu não vou apagar o incêndio, mas estou fazendo a minha parte."
Se você quiser realmente viver em paz, pratique a ecologia interior, social e ambiental. A sua existência irá melhorar de uma maneira que você nunca sonhou.
Para obter tal resultado, aplique com assiduidade as preciosas recomendações desta explanação; faça a sua parte.
Nota:
O presente texto é uma contribuição da UNIPAZ - Universidade Holística Internacional de Brasília e da Fundação Cidade da Paz, para a direção, funcionários e clientes do Banco do Brasil. Pierre Weil
O presente texto é uma contribuição da UNIPAZ - Universidade Holística Internacional de Brasília e da Fundação Cidade da Paz, para a direção, funcionários e clientes do Banco do Brasil. Pierre Weil
1. Eu me uno a todos que rendem homenagem a Sua Santidade o Dalai Lama como consciência articulada da humanidade, encarnação da sabedoria e da compaixão, alguém que transcendeu o ego e as limitações que este impõe. Hoje pudemos ver a diversidade e a riqueza dos ângulos a partir dos quais esse assunto pode ser visto. Eu escolhi um desses ângulos, ao qual vou me ater.
2. Ao focalizar a atenção da humanidade na responsabilidade universal e ao nos convidar para uma reflexão a respeito das causas da nossa atual condição, dos desafios que enfrentamos hoje e o caminho para sobrevivermos e progredirmos, Sua Santidade o Dalai Lama nos lembra dos paradigmas imutáveis da espécie humana. Diferente das outras espécies, os humanos não estão condenados a viver prisioneiros de seus próprios instintos. As características específicas de suas mentes e de suas vontades lhes dão a condição de refinar e domar seus instintos, como também de se aventurar além desses limites. Suas mentes os habilitam a entender as leis da natureza, imaginar ou enxergar alternativas, formular e definir metas, e mobilizar os meios e tomar os rumos que os levem às suas metas. Todas as suas ações, portanto, se baseiam em escolhas. Elas podem ser pensadas, impulsivas ou inconscientes. Podem resultar de inércia, covardia ou audácia. Mas, em qualquer dos casos, a ação ou reação envolve escolhas a partir de alternativas e, portanto, o ser humano tem que assumir a responsabilidade pelas conseqüências que decorrem de suas escolhas e ações. Essa responsabilidade não recai sobre os demais animais. Assim, com a habilidade de se aventurar além dos limites dos instintos, os seres humanos adentraram os domínios da responsabilidade. O ser humano, portanto, é responsável pelo que faz de sua vida e com seu ambiente social e natural, assumindo essa responsabilidade não só frente a si mesmo como também frente a todos aqueles cujas vidas são afetadas por suas ações e em cujo nome faz escolhas e toma decisões para poder agir.
3. As escolhas que o ser humano é levado a fazer são muitas e se apresentam em todos os campos e aspectos da vida e, na verdade, a todo momento vivido. Para mencionar somente algumas, elas afetam nossas motivações, nossas ações e reações nas áreas de consumo, produção, nos relacionamentos, nos limites institucionais da nossa sociedade, nas organizações que formamos ou usamos, nos processos decisórios, nas aprovações para nos adequarmos às decisões consensuais, nas instituições onde há opiniões divergentes, nos conflitos que surgem como resultado de diferenças, nos meios que adotamos para solucionar esses conflitos e assim por diante.
4. A necessidade de fazer escolhas e a liberdade de escolher surge a partir da nossa habilidade de entender a natureza e suas leis. O ser humano tem a capacidade de entender a lei fundamental de causa e efeito que rege o universo no qual atua. Consegue correlacionar eventos e acontecimentos com suas causas. Percebe que a relação entre causa e efeito é imutável e inexorável. Uma vez que tem a capacidade de identificar causas, também assume a responsabilidade de prever os efeitos dessas causas, ou as causas que provoca com suas ações. Essa habilidade não só o habilita a acompanhar as causas que surgem no momento presente, como também a prever os possíveis efeitos decorrentes das causas que cria, tanto pela ação individual como pela ação coletiva ou grupal.
5. A escolha crucial que hoje se apresenta à humanidade é decidir entre a sobrevivência e o suicídio, a sobrevivência e a extinção. Armas de destruição em massa, terrorismo e avançados métodos tecnológicos de guerra puseram a humanidade face a face com todo o espectro de destruição indiscriminada e completa da espécie e de tudo o que apoia a vida tal como existe hoje no planeta. Ninguém está a salvo. Nada é seguro. Ninguém está imune. Ninguém pode garantir segurança. As fronteiras perderam o seu significado. Todas as distinções entre combatentes e não combatentes, vítimas e vencedores foram apagadas. Todos estão vulneráveis. Nem mesmo a maior superpotência pode prever onde e como a destruição vai acontecer, muito menos criar um escudo de imunidade para proteger cidadãos ou instalações, inclusive instalações das quais a vida depende. Nenhuma arma sofisticada nem sistema de alarme pode garantir imunidade. Esse regime de vulnerabilidade universal tem produzido uma crescente consciência do significado da guerra e suas variações para o ser humano comum, inclusive para mulheres e crianças que têm sido talvez as mais atingidas por mortes, sofrimento, miséria e violação da dignidade humana, mais ainda do que os combatentes. Essa maior consciência tem levado a uma crescente disposição para intervir em defesa própria, contra a guerra como instrumento de política ou reconciliação. As manifestações de protesto contra guerras no Iraque e demais países, vistas em centenas de capitais pelo mundo, evidenciam o anseio universal das pessoas pela paz e pelos meios pacíficos de resolução de disputas.
6. Se o potencial bélico de auto destruição da espécie humana criou nas pessoas um anseio generalizado pela paz, gerou também uma consciência crescente do potencial de auto preservação da humanidade, da responsabilidade universal para se engajar em ações que assegurem a auto preservação. Não é suficiente que a paz surja como aspiração; ela tem que ser encarada e aceita como um imperativo para a sobrevivência e, portanto, como o objetivo soberano do indivíduo e dos grupos sociais. O atingimento de qualquer objetivo depende da nossa prontidão em renunciar a tudo que impeça o nosso progresso na direção desse objetivo. Isso ocorre quando o objetivo supremo é o objetivo da sobrevivência. Passa a ser muito necessário extirpar tudo o que signifique a antítese ou o repúdio à paz, e também promover o que quer que seja essencial e conducente à paz, escolher o caminho que leva à paz e não aquele que leva à guerra, à violência e aos viveiros onde germinam as sementes dos conflitos, dos ódios e dos espíritos vingativos. Agora reconhecemos que as guerras não surgem do nada. Elas emergem a partir de causas que têm seus próprios períodos de gestação. Tal como aceito pelas Nações Unidas, essas causas afloram na mente dos homens. Se devemos eliminar a guerra, suas causas têm que ser eliminadas e, uma vez que as causas que queremos eliminar surgem na mente humana, são as nossas mentes que têm que ser submetidas a um exame minucioso, trazidas sob o microscópio para detectar e eliminar as atitudes, crenças e instituições construídas com base nessas crenças que abrigam as sementes da guerra e da violência. As instituições podem e precisam ser submetidas a exame detalhados por aqueles que as criam e as mantêm, honrando o consentimento e as sanções que dão origem a sua existência e autoridade. Mas se essas, como também as crenças e as atitudes que as direcionam e sustentam, surgem e reinam nas mentes dos indivíduos, o principal objeto de escrutínio torna-se a mente do ser humano. Nenhum ser humano pode examinar a mente de outro com a mesma clareza e eficácia como faria com sua própria mente. As sementes da guerra não podem ser, portanto, eliminadas sem o exame implacável de nossas mentes, conduzido individualmente e em conjunto — e a responsabilidade por esse escrutínio é inalienável, inevitável e universal.
7. Nenhum ser humano, em circunstâncias normais, vive como uma ilha. Vive em sociedade. Sua vida, pensamentos, emoções e aspirações são todos influenciados por pensamentos, emoções e ações dos outros, — seja através das instituições ou do contato pessoal. Cada ser humano vive, portanto, através da interação constante com o ambiente que habita — seu habitat social como também seu habitat natural. A paz em sua mente, tanto quanto o estado de paz na sociedade em que vive, depende, portanto: (I) do estado e das atitudes mentais do indivíduo; (II) do estado do ambiente social no qual vive — incluindo o estado das instituições que dirigem sua vida econômica, política, cívica e social; e (III) do estado do ambiente natural que é afetado por suas ações individuais e coletivas, e do impacto resultante, que por sua vez afeta sua habilidade de satisfazer suas vontades e aspirações, como também as calamidades que são provocadas pela gradual acumulação dos efeitos de suas ações — como no caso da escassez e poluição, e calamidades naturais como enchentes, etc.
8. Tal escrutínio ou reflexão com certeza nos dirá que guerra ou paz não são um monólito, mas o resultado cumulativo de muitos ingredientes; que o edifício da paz não pode ser construído com tijolos cozidos no fogo do ódio ou da injustiça mútua; que cada tijolo terá, portanto, que ser examinado e cuidadosamente selecionado.
9. A escolha do caminho ou dos meios é igualmente crucial. Paz não é um evento. É um estado. Um estado da mente, conseqüentemente refletido no estado das instituições sociais. Tal estado mental não pode ser criado ou mantido pela maximização ou emprego de forças que são antitéticas à equanimidade e à paz. A paz é, portanto, um fim que não podemos atingir exceto através de meios que sejam coerentes com o objetivo, ou seja, a paz. Não pode ser que nós desejemos a paz, mas tentemos chegar a ela através do que a solapa e a destrói. Como disse o grande Shantideva, não pode ser que tentemos eliminar o sofrimento pela busca daquilo que faz sofrer. Dukhasya hetum ichhanti, dukham nechhanti manavah: — ou, como disse Buda: Ma Lohagulam gili pamatto, ma kandi dukham idamti dahyamano — "Se engolir a bola quente e vermelha, atraído pela sua cor rosada, quando ela o queimar não se lamurie de estar sofrendo uma dor excruciante."
10. Tal escrutínio ou reflexão com certeza nos revelará a relação inexorável entre paz e justiça. Não pode haver paz mental para o indivíduo, ou paz ou harmonia, numa sociedade onde a mente do indivíduo ou de muitos que constituem qualquer grupo são atormentadas pelo senso de injustiça e pela indignação que provém dela. Tal sentimento abre caminho para a desavença, a alienação, o desejo ardente de assegurar a justiça mesmo ao custo de uma ordem perturbadora e aparentemente pacífica que, de fato, se apóia na violência sistemática e na supressão — conduzindo afinal à sublevação violenta ou ao combate de um tipo ou de outro. A paz, portanto, depende da justiça e a justiça depende do sucesso da sociedade em assegurar oportunidades iguais de crescimento, auto-expressão e auto-realização. Um regime de iniqüidade ou oportunidades desiguais, condições desiguais de sobrevivência somente pode ser sustentado ou eternizado pela força, que é uma descrição eufemística de violência e das variantes de luta. As Nações Unidas reconheceram, portanto, que direitos humanos são pré-requisitos da paz. É a ausência, privação ou violação dos direitos humanos que conduz ao incitamento às violações da paz ou aos levantes que se precipitam em formas de luta. A renúncia às armas de destruição em massa é boa. Desarmamento é bom. Não são somente bons, mas necessários. Mas armas são sintomas, reflexos, resultados da crença de que a guerra é um instrumento legítimo e efetivo de acerto de diferenças e disputas em torno de interesses. Enquanto tal crença sobreviver, o espectro da guerra assombrará a humanidade. Depois de todos esses séculos de guerra, e depois da transformação que a guerra sofreu, tornou-se necessário avaliar a guerra como um instrumento — como um meio. Qual é o seu custo benefício para o cidadão, para a sociedade, para a humanidade? O preço que ela exige de nós vai além do que a humanidade pode pagar se quiser sobreviver? Ela terá se tornado fútil e suicida?
11. A paz, então, está inextricavelmente entrelaçada à presença dos direitos humanos; e sua violação ou privação em qualquer forma, seja no Tibet ou Dafur, na Índia, no Iraque, no Oriente Médio, ou onde quer que seja, cria motivos que colocam em perigo e solapam a paz. Todos os seres humanos têm direito à vida e, portanto, ao acesso a água, comida, abrigo e serviços médicos, inviolabilidade da dignidade humana, oportunidades iguais e tudo mais. Indivíduos, assim como grupos, têm esses direitos. Quando eles são negados, criam-se as causas do conflito e não da paz; e o resultado é guerra, terrorismo e outras formas de combate. Discriminação, privação, disparidades, manipulação de disparidades no acesso a recursos, e muitas outras ameaças à paz podem ser identificadas e analisadas. Estou certo de que muitos oradores e participantes neste seminário o farão. Meu objetivo específico foi colocar diante de vocês alguns pensamentos sobre os imperativos da paz e como estes dependem do senso universal de responsabilidade e do compromisso de engajamento no esforço para prevenir a guerra e para promover e sustentar a paz.
Obrigado!
(Palestra proferida por Shri Ravindra Varma, presidente da Gandhi Peace Foundation, em Nova Delhi, 06 de novembro de 2005. Traduzido por Robinson Pitelli.)
2. Ao focalizar a atenção da humanidade na responsabilidade universal e ao nos convidar para uma reflexão a respeito das causas da nossa atual condição, dos desafios que enfrentamos hoje e o caminho para sobrevivermos e progredirmos, Sua Santidade o Dalai Lama nos lembra dos paradigmas imutáveis da espécie humana. Diferente das outras espécies, os humanos não estão condenados a viver prisioneiros de seus próprios instintos. As características específicas de suas mentes e de suas vontades lhes dão a condição de refinar e domar seus instintos, como também de se aventurar além desses limites. Suas mentes os habilitam a entender as leis da natureza, imaginar ou enxergar alternativas, formular e definir metas, e mobilizar os meios e tomar os rumos que os levem às suas metas. Todas as suas ações, portanto, se baseiam em escolhas. Elas podem ser pensadas, impulsivas ou inconscientes. Podem resultar de inércia, covardia ou audácia. Mas, em qualquer dos casos, a ação ou reação envolve escolhas a partir de alternativas e, portanto, o ser humano tem que assumir a responsabilidade pelas conseqüências que decorrem de suas escolhas e ações. Essa responsabilidade não recai sobre os demais animais. Assim, com a habilidade de se aventurar além dos limites dos instintos, os seres humanos adentraram os domínios da responsabilidade. O ser humano, portanto, é responsável pelo que faz de sua vida e com seu ambiente social e natural, assumindo essa responsabilidade não só frente a si mesmo como também frente a todos aqueles cujas vidas são afetadas por suas ações e em cujo nome faz escolhas e toma decisões para poder agir.
3. As escolhas que o ser humano é levado a fazer são muitas e se apresentam em todos os campos e aspectos da vida e, na verdade, a todo momento vivido. Para mencionar somente algumas, elas afetam nossas motivações, nossas ações e reações nas áreas de consumo, produção, nos relacionamentos, nos limites institucionais da nossa sociedade, nas organizações que formamos ou usamos, nos processos decisórios, nas aprovações para nos adequarmos às decisões consensuais, nas instituições onde há opiniões divergentes, nos conflitos que surgem como resultado de diferenças, nos meios que adotamos para solucionar esses conflitos e assim por diante.
4. A necessidade de fazer escolhas e a liberdade de escolher surge a partir da nossa habilidade de entender a natureza e suas leis. O ser humano tem a capacidade de entender a lei fundamental de causa e efeito que rege o universo no qual atua. Consegue correlacionar eventos e acontecimentos com suas causas. Percebe que a relação entre causa e efeito é imutável e inexorável. Uma vez que tem a capacidade de identificar causas, também assume a responsabilidade de prever os efeitos dessas causas, ou as causas que provoca com suas ações. Essa habilidade não só o habilita a acompanhar as causas que surgem no momento presente, como também a prever os possíveis efeitos decorrentes das causas que cria, tanto pela ação individual como pela ação coletiva ou grupal.
5. A escolha crucial que hoje se apresenta à humanidade é decidir entre a sobrevivência e o suicídio, a sobrevivência e a extinção. Armas de destruição em massa, terrorismo e avançados métodos tecnológicos de guerra puseram a humanidade face a face com todo o espectro de destruição indiscriminada e completa da espécie e de tudo o que apoia a vida tal como existe hoje no planeta. Ninguém está a salvo. Nada é seguro. Ninguém está imune. Ninguém pode garantir segurança. As fronteiras perderam o seu significado. Todas as distinções entre combatentes e não combatentes, vítimas e vencedores foram apagadas. Todos estão vulneráveis. Nem mesmo a maior superpotência pode prever onde e como a destruição vai acontecer, muito menos criar um escudo de imunidade para proteger cidadãos ou instalações, inclusive instalações das quais a vida depende. Nenhuma arma sofisticada nem sistema de alarme pode garantir imunidade. Esse regime de vulnerabilidade universal tem produzido uma crescente consciência do significado da guerra e suas variações para o ser humano comum, inclusive para mulheres e crianças que têm sido talvez as mais atingidas por mortes, sofrimento, miséria e violação da dignidade humana, mais ainda do que os combatentes. Essa maior consciência tem levado a uma crescente disposição para intervir em defesa própria, contra a guerra como instrumento de política ou reconciliação. As manifestações de protesto contra guerras no Iraque e demais países, vistas em centenas de capitais pelo mundo, evidenciam o anseio universal das pessoas pela paz e pelos meios pacíficos de resolução de disputas.
6. Se o potencial bélico de auto destruição da espécie humana criou nas pessoas um anseio generalizado pela paz, gerou também uma consciência crescente do potencial de auto preservação da humanidade, da responsabilidade universal para se engajar em ações que assegurem a auto preservação. Não é suficiente que a paz surja como aspiração; ela tem que ser encarada e aceita como um imperativo para a sobrevivência e, portanto, como o objetivo soberano do indivíduo e dos grupos sociais. O atingimento de qualquer objetivo depende da nossa prontidão em renunciar a tudo que impeça o nosso progresso na direção desse objetivo. Isso ocorre quando o objetivo supremo é o objetivo da sobrevivência. Passa a ser muito necessário extirpar tudo o que signifique a antítese ou o repúdio à paz, e também promover o que quer que seja essencial e conducente à paz, escolher o caminho que leva à paz e não aquele que leva à guerra, à violência e aos viveiros onde germinam as sementes dos conflitos, dos ódios e dos espíritos vingativos. Agora reconhecemos que as guerras não surgem do nada. Elas emergem a partir de causas que têm seus próprios períodos de gestação. Tal como aceito pelas Nações Unidas, essas causas afloram na mente dos homens. Se devemos eliminar a guerra, suas causas têm que ser eliminadas e, uma vez que as causas que queremos eliminar surgem na mente humana, são as nossas mentes que têm que ser submetidas a um exame minucioso, trazidas sob o microscópio para detectar e eliminar as atitudes, crenças e instituições construídas com base nessas crenças que abrigam as sementes da guerra e da violência. As instituições podem e precisam ser submetidas a exame detalhados por aqueles que as criam e as mantêm, honrando o consentimento e as sanções que dão origem a sua existência e autoridade. Mas se essas, como também as crenças e as atitudes que as direcionam e sustentam, surgem e reinam nas mentes dos indivíduos, o principal objeto de escrutínio torna-se a mente do ser humano. Nenhum ser humano pode examinar a mente de outro com a mesma clareza e eficácia como faria com sua própria mente. As sementes da guerra não podem ser, portanto, eliminadas sem o exame implacável de nossas mentes, conduzido individualmente e em conjunto — e a responsabilidade por esse escrutínio é inalienável, inevitável e universal.
7. Nenhum ser humano, em circunstâncias normais, vive como uma ilha. Vive em sociedade. Sua vida, pensamentos, emoções e aspirações são todos influenciados por pensamentos, emoções e ações dos outros, — seja através das instituições ou do contato pessoal. Cada ser humano vive, portanto, através da interação constante com o ambiente que habita — seu habitat social como também seu habitat natural. A paz em sua mente, tanto quanto o estado de paz na sociedade em que vive, depende, portanto: (I) do estado e das atitudes mentais do indivíduo; (II) do estado do ambiente social no qual vive — incluindo o estado das instituições que dirigem sua vida econômica, política, cívica e social; e (III) do estado do ambiente natural que é afetado por suas ações individuais e coletivas, e do impacto resultante, que por sua vez afeta sua habilidade de satisfazer suas vontades e aspirações, como também as calamidades que são provocadas pela gradual acumulação dos efeitos de suas ações — como no caso da escassez e poluição, e calamidades naturais como enchentes, etc.
8. Tal escrutínio ou reflexão com certeza nos dirá que guerra ou paz não são um monólito, mas o resultado cumulativo de muitos ingredientes; que o edifício da paz não pode ser construído com tijolos cozidos no fogo do ódio ou da injustiça mútua; que cada tijolo terá, portanto, que ser examinado e cuidadosamente selecionado.
9. A escolha do caminho ou dos meios é igualmente crucial. Paz não é um evento. É um estado. Um estado da mente, conseqüentemente refletido no estado das instituições sociais. Tal estado mental não pode ser criado ou mantido pela maximização ou emprego de forças que são antitéticas à equanimidade e à paz. A paz é, portanto, um fim que não podemos atingir exceto através de meios que sejam coerentes com o objetivo, ou seja, a paz. Não pode ser que nós desejemos a paz, mas tentemos chegar a ela através do que a solapa e a destrói. Como disse o grande Shantideva, não pode ser que tentemos eliminar o sofrimento pela busca daquilo que faz sofrer. Dukhasya hetum ichhanti, dukham nechhanti manavah: — ou, como disse Buda: Ma Lohagulam gili pamatto, ma kandi dukham idamti dahyamano — "Se engolir a bola quente e vermelha, atraído pela sua cor rosada, quando ela o queimar não se lamurie de estar sofrendo uma dor excruciante."
10. Tal escrutínio ou reflexão com certeza nos revelará a relação inexorável entre paz e justiça. Não pode haver paz mental para o indivíduo, ou paz ou harmonia, numa sociedade onde a mente do indivíduo ou de muitos que constituem qualquer grupo são atormentadas pelo senso de injustiça e pela indignação que provém dela. Tal sentimento abre caminho para a desavença, a alienação, o desejo ardente de assegurar a justiça mesmo ao custo de uma ordem perturbadora e aparentemente pacífica que, de fato, se apóia na violência sistemática e na supressão — conduzindo afinal à sublevação violenta ou ao combate de um tipo ou de outro. A paz, portanto, depende da justiça e a justiça depende do sucesso da sociedade em assegurar oportunidades iguais de crescimento, auto-expressão e auto-realização. Um regime de iniqüidade ou oportunidades desiguais, condições desiguais de sobrevivência somente pode ser sustentado ou eternizado pela força, que é uma descrição eufemística de violência e das variantes de luta. As Nações Unidas reconheceram, portanto, que direitos humanos são pré-requisitos da paz. É a ausência, privação ou violação dos direitos humanos que conduz ao incitamento às violações da paz ou aos levantes que se precipitam em formas de luta. A renúncia às armas de destruição em massa é boa. Desarmamento é bom. Não são somente bons, mas necessários. Mas armas são sintomas, reflexos, resultados da crença de que a guerra é um instrumento legítimo e efetivo de acerto de diferenças e disputas em torno de interesses. Enquanto tal crença sobreviver, o espectro da guerra assombrará a humanidade. Depois de todos esses séculos de guerra, e depois da transformação que a guerra sofreu, tornou-se necessário avaliar a guerra como um instrumento — como um meio. Qual é o seu custo benefício para o cidadão, para a sociedade, para a humanidade? O preço que ela exige de nós vai além do que a humanidade pode pagar se quiser sobreviver? Ela terá se tornado fútil e suicida?
11. A paz, então, está inextricavelmente entrelaçada à presença dos direitos humanos; e sua violação ou privação em qualquer forma, seja no Tibet ou Dafur, na Índia, no Iraque, no Oriente Médio, ou onde quer que seja, cria motivos que colocam em perigo e solapam a paz. Todos os seres humanos têm direito à vida e, portanto, ao acesso a água, comida, abrigo e serviços médicos, inviolabilidade da dignidade humana, oportunidades iguais e tudo mais. Indivíduos, assim como grupos, têm esses direitos. Quando eles são negados, criam-se as causas do conflito e não da paz; e o resultado é guerra, terrorismo e outras formas de combate. Discriminação, privação, disparidades, manipulação de disparidades no acesso a recursos, e muitas outras ameaças à paz podem ser identificadas e analisadas. Estou certo de que muitos oradores e participantes neste seminário o farão. Meu objetivo específico foi colocar diante de vocês alguns pensamentos sobre os imperativos da paz e como estes dependem do senso universal de responsabilidade e do compromisso de engajamento no esforço para prevenir a guerra e para promover e sustentar a paz.
Obrigado!
(Palestra proferida por Shri Ravindra Varma, presidente da Gandhi Peace Foundation, em Nova Delhi, 06 de novembro de 2005. Traduzido por Robinson Pitelli.)
Ahimsa é um princípio ético-religioso adotado principalmente pelo jainismo e presente no hinduísmo e no budismo, e que consiste na rejeição constante da violência e no respeito absoluto de toda forma de vida. No ocidente a sua notoriedade deve-se à prática da ainsa na conduta coerente de Mahatma Gandhi (1869-1948).
Mahatma Gandhi fez do Ahimsa o báculo de sua doutrina política. Gandhi definiu a manifestação do Ahimsa assim: "A não-violência não consiste em renunciar a toda luta real contra o mal. A não-violência, tal como eu a concebo, empreende uma campanha mais ativa contra o mal que a Lei de talião, cuja natureza mesma traz como resultado o desenvolvimento da perversidade. Eu levanto, frente ao imoral, uma oposição mental e, por conseguinte, moral. Trato de amolecer a espada do tirano, não cruzando-a com um aço mais afiado, mas defraudando sua esperança ao não oferecer resistência física alguma. Ele encontrará em mim uma resistência da alma, que escapará de seu assalto. Essa resistência primeiramente o cegará e em seguida o obrigará a dobrar-se. E o fato de dobrar-se não humilhará o agressor, mas o dignificará... "
Mahatma Gandhi fez do Ahimsa o báculo de sua doutrina política. Gandhi definiu a manifestação do Ahimsa assim: "A não-violência não consiste em renunciar a toda luta real contra o mal. A não-violência, tal como eu a concebo, empreende uma campanha mais ativa contra o mal que a Lei de talião, cuja natureza mesma traz como resultado o desenvolvimento da perversidade. Eu levanto, frente ao imoral, uma oposição mental e, por conseguinte, moral. Trato de amolecer a espada do tirano, não cruzando-a com um aço mais afiado, mas defraudando sua esperança ao não oferecer resistência física alguma. Ele encontrará em mim uma resistência da alma, que escapará de seu assalto. Essa resistência primeiramente o cegará e em seguida o obrigará a dobrar-se. E o fato de dobrar-se não humilhará o agressor, mas o dignificará... "
Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ainsa
“Senhor, ajuda-me a dizer a verdade diante dos fortes e a não dizer mentiras para ganhar o aplauso dos fracos.
Se me dás fortuna, não me tires a razão. Se me dás sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda. Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.
Ensina-me a amar os outros como a mim mesmo.
Não deixes que me torne orgulhoso, se triunfo; nem cair em desespero se fracasso.
Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de baixeza.
Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para desculpar-me. E se as pessoas me ofenderem, dá-me grandeza para perdoar-lhes.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim.”
Se me dás fortuna, não me tires a razão. Se me dás sucesso, não me tires a humildade.
Se me dás humildade, não me tires a dignidade.
Ajuda-me a enxergar o outro lado da moeda. Não me deixes acusar o outro por traição aos demais, apenas por não pensar igual a mim.
Ensina-me a amar os outros como a mim mesmo.
Não deixes que me torne orgulhoso, se triunfo; nem cair em desespero se fracasso.
Mas recorda-me que o fracasso é a experiência que precede o triunfo.
Ensina-me que perdoar é um sinal de grandeza e que a vingança é um sinal de baixeza.
Se não me deres o êxito, dá-me forças para aprender com o fracasso.
Se eu ofender as pessoas, dá-me coragem para desculpar-me. E se as pessoas me ofenderem, dá-me grandeza para perdoar-lhes.
Senhor, se eu me esquecer de Ti, nunca Te esqueças de mim.”
Mahatma Gandhi - Mohandas Karamchand Gandhi (em hindi: मोहनदास करमचन्द गान्धी; em guzerate: મોહનદાસ કરમચંદ ગાંધી; Porbandar, 2 de outubro de 1869 — Nova Déli, 30 de janeiro de 1948), mais conhecido popularmente por Mahatma Gandhi (do sânscrito "Mahatma", "A Grande Alma") foi o idealizador e fundador do moderno Estado indiano e o maior defensor do Satyagraha (princípio da não-agressão, forma não-violenta de protesto) como um meio de revolução.
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King e Nelson Mandela. Freqüentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).
O princípio do satyagraha, frequentemente traduzido como "o caminho da verdade" ou "a busca da verdade", também inspirou gerações de ativistas democráticos e anti-racismo, incluindo Martin Luther King e Nelson Mandela. Freqüentemente Gandhi afirmava a simplicidade de seus valores, derivados da crença tradicional hindu: verdade (satya) e não-violência (ahimsa).
Canção da Terra
O que aconteceu com o nascer do sol?
O que aconteceu com a chuva?
O que aconteceu com todas as coisas,
Que você disse que iríamos ganhar?
O que aconteceu com os campos de extermínio?
Essa é a hora.
O que aconteceu com todas as coisas,
Que você disse que eram nossas?
Você já parou para pensar em
Todo o sangue derramado antes de nós?
Você já parou para pensar que
A Terra e os mares estão chorando?
O que fizemos para o mundo?
Olhe o que fizemos.
O que aconteceu com toda a paz?
Que você prometeu a seu único filho?
O que aconteceu com os campos floridos?
Essa é a hora.
O que aconteceu com todos os sonhos
Que você disse serem nossos?
Você já parou pra pensar,
Sobre todas as crianças mortas pela a guerra?
Você já parou para pensar que
A Terra e os mares estão chorando?
Eu costumava sonhar
Costumava viajar além das estrelas
Agora já não sei onde estamos
Embora saiba que fomos muitos longe
O que aconteceu com o passado?
(O que aconteceu conosco?)
O que aconteceu com os mares?
(O que aconteceu conosco?)
O céu está caindo
(O que aconteceu conosco?)
Não consigo nem respirar
(O que aconteceu conosco?)
E a apatia?
(O que aconteceu conosco?)
Eu preciso de você.
(O que aconteceu conosco?)
E o valor da natureza?
É o ventre do nosso planeta.
(O que aconteceu conosco?)
E os animais?
(O que aconteceu conosco?)
Fizemos de reinados, poeira.
(O que aconteceu conosco?)
E os elefantes?
(O que aconteceu conosco?)
Perdemos a confiança deles?
(O que aconteceu conosco?)
E as baleias chorando?
(O que aconteceu conosco?)
Estamos destruindo os mares
(O que aconteceu conosco?)
E as florestas?
Queimadas, apesar dos apelos
(O que aconteceu conosco?)
E a terra prometida?
(O que aconteceu conosco?)
Dilacerada pela ganância
(O que aconteceu conosco?)
E o homem comum?
(O que aconteceu conosco?)
Não podemos libertá-lo?
(O que aconteceu conosco?)
E as crianças morrendo?
(O que aconteceu conosco?)
Não consegue ouvi-las chorar?
(O que aconteceu conosco?)
O que fizemos de errado?
Alguém me fale o porquê
(O que aconteceu conosco?)
E os bebês?
(O que aconteceu conosco?)
E os dias?
(O que aconteceu conosco?)
E toda a alegria?
(O que aconteceu conosco?)
E o homem?
(O que aconteceu conosco?)
O homem chorando?
(O que aconteceu conosco?)
E Abraão?
(O que aconteceu conosco?)
E a morte de novo?
A gente se importa?
Somos manipulados
através da energia do medo, mas poucos percebem como acontece esse processo.
Todos os dias somos bombardeados por notícias negativas através da TV, rádios e
jornais, há quem procure por notícias na internet e encontre todo o tipo de
miséria e desgraça.
Não é questão de
negar os fatos, pois sabemos que existem acontecimentos terríveis diariamente,
o problema é que alimentamos esse tipo de energia formando mais fatos em
desacordo com nossa natureza original, pois somos seres multidimensionais
temporariamente na Terra, providos de intelecto e espírito.
Nos momentos de
descanso ou lazer procuramos esportes ou jogos voltados à guerra, assistimos
filmes violentos e muitas imagens tem um forte apelo sexual, fabricando em
nossas mentes distorções terríveis, gerando mais medo e desejos egóicos descontrolados...isso chama-se egrégora,
uma onda energética formada como uma teia sobre nós, nossos lares, cidades ou países.
Uma sociedade pode
ser manipulada facilmente através do medo, se você tem medo da vida, medo de
perder o emprego, medo de passar fome, medo de morrer com uma doença grave,
medo de ser assassinado e tantos outros medos...você é uma espécie de robô,
comandado pelo EGO, pela mídia e pelos governantes mal intencionados.
Em primeiro lugar
precisamos entender e sentir que somos uma centelha divina na Terra, nós somos
o poder herdado da Fonte Criadora, temos potencial criativo, podemos
transformar o mundo em todos os aspectos.
A corrupção
acontece porque os indivíduos que estão no poder, desejam mais poder...EGOÍSMO
É MEDO. Se um político ou um cidadão age através do EGO ele vai armar todo tipo
de situação para que esse medo seja controlado, mas não percebe que está
criando mais medo dentro de si.
Um político
corrupto nada mais é do que um ser com enorme medo...tem medo de sofrer, de não ter conforto, de sentir fome e viver na miséria, por isso quer tudo para si, como se dinheiro solucionasse todos os problemas. A mesma coisa
acontece com ladrões, assaltantes, traficantes...são seres que perderam o
contato com a ENERGIA DIVINA e dentro do seu estágio evolutivo acham que estão defendendo
a sua sobrevivência.
Um ser humano
conectado com a Fonte Criadora não precisa agir com medo, pois sente e sabe que
existe a LEI DA AÇÃO E REAÇÃO ou LEI DA CAUSA E EFEITO. Se fazemos o bem, recebemos o bem,
se fazemos o mal...recebemos o mal.
Alguém que age
dentro da energia do medo, da energia da carência, sofrerá muito mais, pois quer
agarrar o poder, o dinheiro, os bens materiais e manipular pessoas a seu favor,
não percebe que tudo é transitório nesta vida e não somos donos de nada.
Como diriam muitos...”Pobre coitado, caiu na
própria armadilha”, sempre com a sensação de escassez, de que falta alguma
coisa e por isso precisa tirar até daqueles que pouco tem...aí reside a
DESIGUALDADE SOCIAL.
Portanto o maior
passo evolutivo da humanidade é aprender a transmutar a energia do medo pela energia
do amor. Com a energia amorosa a matemática é diferente... quanto mais dá, mais
tem, quanto mais compartilha, mais recebe.
Esse amor não é
romântico, ele é uma energia pura, que conhecemos somente quando olhamos para
dentro de nós mesmos, nos reconhecendo como seres divinos, reconhecendo nossos
semelhantes como divinos, assim como os animais e toda a natureza.
Quando começamos a
sentir a vida através do aspecto sagrado, o medo cessa e começamos a nos
transformar, automaticamente sentimos o desejo de transformar o mundo, mesmo
sabendo que precisamos da coletividade para que as transformações sejam em
maior escala.
Ainda passamos por
um processo de transmutação, muitos estão presos na energia do medo, dentro do
egoísmo, outros estão despertando e alguns já despertaram para a realidade da
grande teia da vida, todos somos um, não há divisão.
A eco
espiritualidade trata de certos conceitos dentro de uma visão holística humana
e planetária, observando que a vida será gratificante e abundante na medida em que
nos libertarmos dessas especulações falsas, utilizando o ego como fonte de dor,
sofrimento e escassez.
A eco
espiritualidade observa a vida através de um prisma sagrado, nosso ser, nossos semelhantes, os animais, a
natureza...tudo vem de uma Fonte inesgotável de amor e compaixão, portanto
sentimos e veneramos a vida, tratando-a com respeito.
Quando respeitarmos
tudo e todos, deixaremos de criar fronteiras, deixaremos de criar sofrimento,
assim poderemos viver uma nova era na Terra, esse é o princípio da PAZ.
Texto: Maisa Correia