Em 1998, quando da celebração dos 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, um grupo de ganhadores do Prêmio Nobel da Paz redigiu o “Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência”, listando os seguintes princípios:

1. Respeitar a vida. Respeitar a vida e a dignidade de cada ser humano sem discriminação nem preconceito.

 2. Rejeitar a violência. Praticar a não violência ativa, rejeitando a violência em todas as suas formas: física, sexual, psicológica, econômica e social, em particular contra os mais vulneráveis, tais como as crianças e os idosos.

  3. Ser generoso. Compartilhar o tempo e os recursos materiais no cultivo da generosidade e por fim à exclusão, à injustiça e à opressão política e econômica.

 4. Ouvir para compreender. Defender a liberdade de expressão e a diversidade cultural privilegiando sempre o diálogo sem ceder ao fanatismo, à difamação e à rejeição.

 5. Preservar o planeta. Promover o consumo responsável e um modo de desenvolvimento que respeitem todas as formas de vida e preservem o equilíbrio dos recursos naturais do planeta.

 6. Redescobrir a solidariedade. Contribuir para o desenvolvimento da comunidade, com a plena participação das mulheres e o respeito aos princípios democráticos, de modo a criar novas formas de solidariedade.

 O Manifesto objetiva a promoção da conscientização e do compromisso individuais: não é nem um apelo nem uma petição dirigidos aos governos ou autoridades superiores. O Manifesto afirma que é da responsabilidade de cada ser humano traduzir os valores, atitudes e padrões de comportamento que inspiram a Cultura de Paz em realidades da vida diária. Todos podem agir no espírito da Cultura de Paz dentro do contexto da própria família, do local de trabalho, do bairro, da cidade ou da região, tomando-se um mensageiro da tolerância, da solidariedade e do diálogo.


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